Como veiculado amplamente na mídia, o filho (13 anos) do Presidente da Embratur faleceu após um crise de asma brônquica que o levou a uma parada cardiorrespiratória, manifestamos nossos pêsames a família do mesmo.
Por isso resolvemos fazer uma postagem que explica-se melhor essa doença tão comum e muitas vezes mortal.
A asma é caracterizada por obstrução reversível, inflamação e hiperreatividade brônquicas, é uma doença inflamatória crônica, caracterizada por hiper-responsividade das vias aéreas manifestando-se por obstrução ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou pelo tratamento, com episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao acordar.
O diagnóstico é baseado em informações clínicas e testes de função pulmonar. Os eosinófilos são uma característica importante da fisiopatologia da asma. Eles produzem fatores quimiotáxicos, broncoconstrictores e vasoativos, que conduzem à hiperreatividade brônquica. Além disso, os eosinófilos danificam o tecido circunvizinho, através da liberação do conteúdo protéico de seus grânulos.
As recomendações para o tratamento da asma são baseadas em quatro componentes: uso de
medidas objetivas da função pulmonar para avaliar a gravidade da asma e monitorar o curso da terapia; controle ambiental para evitar ou eliminar fatores precipitantes de sintomas ou crises; terapia farmacológica a longo prazo, para tratar e prevenir inflamação de via aérea e, também, para tratar as agudizações; e educação do paciente, criando uma parceria entre o paciente, a família e o clínico.
Os β2-agonistas são a classe de drogas mais comumente usadas para o tratamento da asma.
Usar essas drogas em demanda é freqüentemente mais aceito e recomendado. Em asma aguda,um β2-agonista é ainda o medicamento de escolha. Agonistas de ação prolongada, salmeterol e formoterol, podem diminuir sintomas de asma durante o dia e à noite. A teofilina, cujo uso esteve limitado pela toxicidade, pode recuperar uma posição importante no tratamento da asma, com a descoberta de suas ações antiinflamatórias. O brometo de ipratrópio, uma droga anticolinérgica, ainda espera um papel definido no tratamento da asma. Os corticoesteróides inalatórios têm efeitos mensuráveis nos sintomas, função pulmonar, reatividade brônquica e inflamação. Os efeitos colaterais limitam a administração sistêmica, mas não a administração tópica. Preparações mais novas, como budesonida, flunisolida e fluticasona diminuem a incidência de possíveis efeitos colaterais, porque têm uma melhor relação efeito tópico/efeito sistêmico.
Medicamentos recentemente lançados incluem os antileucotrienos (anti-LTs), agentes que funcionam bloqueando a interação dos LTs com seus receptores (antagonistas de receptor) ou inibindo a síntese de LTs (inibidores de síntese). Representantes dos antagonistas são zafirlukast, pranlukast e montelukast. Pranlukast, o primeiro antagonista de receptor a ser comercializado, melhora função pulmonar e sintomas, dependendo da dose. Zileuton, um inibidor de síntese, demostrou melhorar a função pulmonar, reduzir sintomas, reduzir uso de β-agonistas e crises de asma. Esses efeitos positivos são dose-dependentes e anormalidades da função hepática parecem ser um limite relevante ao uso de zileuton, em alguns pacientes.

A assistência fisioterapêutica é por vezes questionada, pois as manobras percussivas podem gerar broncoespasmo e desencadear ou piorar uma crise. Contudo, a remoção de secreções brônquicas através de manobras de alterações de fluxo são, por inúmeros autores, mais indicadas. Outros objetivos terapêuticos são o fortalecimento da musculatura respiratória, manobras de reexpansão pulmonar e outros que dependem da estabilidade clínica do paciente.
Atenciosamente
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